A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) realiza, nesta quarta-feira (12), uma audiência pública para discutir o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, encaminhado pelo Poder Executivo. O encontro, promovido pela Comissão de Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação, acontecerá a partir das 9h30, no Plenarinho da Casa.
De acordo com o presidente da Comissão, deputado Franzé Silva (PT), o debate tem como objetivo garantir transparência e ampliar o diálogo público sobre a proposta orçamentária, permitindo a participação de parlamentares, gestores e representantes da sociedade civil.
Durante a audiência, serão apresentados os principais números do orçamento estadual e as previsões de investimento em áreas estratégicas como saúde, educação, segurança e infraestrutura. O espaço também será aberto a questionamentos e sugestões, que poderão contribuir para o aperfeiçoamento do texto antes da votação em plenário.
O PLOA 2026 estima uma receita bruta de R$ 34,6 bilhões, representando um acréscimo de 21,8% em relação ao orçamento anterior, que foi de R$ 28,4 bilhões. Segundo o Executivo, educação, saúde e segurança permanecem como áreas prioritárias, ao lado dos investimentos estruturantes — que totalizam R$ 4,1 bilhões, provenientes de convênios e operações de crédito.
Para educação, saúde e segurança, os valores previstos são, respectivamente, de R$ 3,5 bilhões, R$ 3,8 bilhões e R$ 2,1 bilhões. Entre as obras programadas estão a melhoria da malha viária, a modernização do metrô de Teresina com aquisição de novos Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e a construção e reforma de hospitais, escolas e unidades policiais.
A segurança hídrica também está entre as prioridades, com previsão de recursos para barragens e adutoras. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos contará com R$ 108,7 milhões, enquanto a Secretaria da Irrigação e Infraestrutura Hídrica terá R$ 37,8 milhões.
O governo prevê ainda aumento nas operações de crédito, passando de R$ 2,7 bilhões em 2025 para R$ 5,8 bilhões em 2026. Segundo a proposta, estão em andamento duas negociações com o Banco do Brasil: uma de R$ 5 bilhões para alongar o prazo de pagamento da dívida estadual em até 25 anos, e outra de R$ 2,9 bilhões voltada à ampliação de investimentos estruturantes.
“Ao combinar reestruturação da dívida, financiamento de longo prazo e a priorização de áreas essenciais e da mobilidade urbana, o Estado inaugura uma nova etapa de governança fiscal e orçamentária”, destaca o documento.

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