O vereador James Guerra (Avante), membro da CPI do Lixo e ex-secretário da Semduh e SAAD Leste, comentou nesta quarta-feira (3) o afastamento de Fernando Lima (PDT) da presidência da comissão. Fernando deixou o comando alegando supostas irregularidades que teriam sido ignoradas no relatório final.

Guerra afirmou que as alegações do colega “não condizem com a verdade” e que o relatório foi construído com participação integral dos membros do colegiado. “O presidente da comissão é que não acompanhou a comissão. Todo o trabalho foi feito de forma conjunta, e as ações foram acompanhadas por todos os vereadores”, disse.

Questionado pelo Portal Central Piauí sobre ter votado a favor do relatório mesmo diante das críticas de Fernando, Guerra afirmou que a CPI cumpriu seu objetivo de identificar as causas do déficit na limpeza pública. “O serviço não vem sendo prestado a contento há anos. A CPI identificou as causas e encaminhou aos órgãos competentes. O relatório cumpre o objetivo”, declarou.

Ele também negou que deveria ter se declarado suspeito por ter sido gestor da Semduh e SAAD Leste na administração passada. “A CPI não investigava vereador nenhum. Investigava o déficit do serviço. Não era responsabilidade minha, nem de um único gestor. Eram seis superintendências. E, de qualquer forma, eu votaria no plenário”, afirmou.

James nega irregularidades apontadas por Fernando

Fernando Lima alegou que valores considerados “exorbitantes” e inconsistências no edital não teriam sido incluídos no relatório. Guerra rebateu: “Isso não está escrito no relatório. A contabilidade da própria Câmara avaliou 700 processos e atestou legalidade formal. A informação sobre aumento de preço de 17 para 32 reais não é verdadeira.”

Ele explicou ainda que o edital suspenso pelo Tribunal de Contas previa destinação dos resíduos para Altos e Nazária, o que elevaria naturalmente o custo logístico. Segundo Guerra, nada chegou a ser contratado ou pago porque a licitação foi paralisada pelo TCE.