Sexta, 05 de dezembro de 2025, 09:09
CPI DO ROMBO

João Henrique diz que erros na gestão Dr. Pessoa são 'naturais' e nega irregularidades

João Henrique foi ouvido na manhã desta quarta-feira (3) e negou irregularidades na execução dos R$ 620 milhões em empréstimos.

Durante a oitiva que durou cerca de uma hora na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do déficit bilionário, o ex-secretário de Planejamento de Teresina, João Henrique Sousa, teve atrito com o presidente do colegiado, vereador Dudu (PT). Ele, no entanto, minimizou o episódio.

“Na realidade não foi um bate-boca. Eu gosto muito do vereador Dudu. Às vezes ele dizia ‘rapaz, você está me cortando’. Eu precisava explicar os fatos, mas, no geral, muito bem. Acho que as CPIs existem para apurar fatos. Você não pode dizer apenas ‘alguém disse’. É preciso apresentar documento. A CPI tem que apurar o que foi, o que é, não o ‘disse-me-disse’”, afirmou.


Questionado sobre a lisura da gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD), João Henrique avaliou que erros são comuns em qualquer administração, mas reforçou a legalidade dos atos.
“É impossível que você passe por uma gestão sem que tenha algum fato que eventualmente poderia não ter acontecido. Mas, no geral, e eu demonstrei aqui, as coisas foram absolutamente corretas. Não fossem os investimentos realizados com estes empréstimos, muitas obras não teriam saído do papel”, disse.

Defesa dos empréstimos

João Henrique foi ouvido na manhã desta quarta-feira (3) e negou irregularidades na execução dos R$ 620 milhões em empréstimos contratados pelo Município na gestão passada. Desse total, R$ 500 milhões foram tomados junto ao Banco do Brasil e são alvo das apurações da CPI.
“Não há nestes pagamentos um só que não tenha respaldo legal para ser feito. Tenho tranquilidade em dizer que todos os pagamentos foram feitos com respaldo”, declarou.

Um dos pontos abordados pelos vereadores foi a aquisição do terreno para o Hospital da Mulher, na zona Sul de Teresina. Avaliado em R$ 21 milhões pelos proprietários, o espaço foi adquirido por R$ 16,5 milhões.
“Custava R$ 21 milhões. A equipe da prefeitura procedeu com a avaliação e chegou a R$ 16,5 milhões. Pediram outra avaliação, mas não havia necessidade. A Caixa tem uma equipe de avaliação e não são os funcionários que fazem e sim uma empresa. Por que os funcionários da prefeitura não poderiam avaliar?”, questionou.

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