Sexta, 05 de dezembro de 2025, 09:07
DECLARAÇÃO

“A polícia tinha que fazer alguma coisa”, diz Henrique Pires sobre operação no Rio de Janeiro

Segundo o parlamentar, diante do avanço das facções criminosas, “a polícia tinha que fazer alguma coisa”.

O deputado estadual Henrique Pires (MDB) defendeu, durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) nesta quarta-feira (30), a atuação das forças de segurança na megaoperação realizada no Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos nas comunidades da Penha e do Alemão. Segundo o parlamentar, diante do avanço das facções criminosas, “a polícia tinha que fazer alguma coisa”.

  

Deputado Henrique Pires (MDB). Foto: Reprodução.
   

A Operação Contenção, deflagrada na última terça-feira (28), reuniu cerca de 2.500 policiais civis e militares para conter o avanço territorial do Comando Vermelho (CV) e cumprir cerca de 100 mandados de prisão. Entre os alvos, estavam criminosos de outros estados, inclusive do Pará.

Para Henrique Pires, a ação era necessária diante da falta de controle do Estado em determinadas áreas.

“A polícia tinha que fazer alguma coisa. Há pedaços do Rio de Janeiro onde o Estado não entra, onde comerciantes são obrigados a pagar pedágio. Tudo precisa ter limite e bom senso”, afirmou.

O deputado lamentou as mortes ocorridas durante a operação, mas destacou que o enfrentamento é inevitável.

“Excessos devem ser medidos, mas não dá para o Estado continuar ausente. A gente que é cristão precisa pregar o perdão, mas o poder público também tem que agir”, disse.

Henrique Pires comentou ainda que o episódio deve servir para reflexão sobre o papel das instituições no combate ao crime organizado. Ele mencionou a criação da CPI do crime organizado no Senado e o envio de autoridades federais ao Rio de Janeiro, entre elas o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

O parlamentar também fez referência a um artigo da Folha de S.Paulo que chamou o governador Cláudio Castro de “assassino”, considerando a afirmação “leviana”.

“Não tenho procuração para defendê-lo, mas não se pode tratar com leviandade a ação de um governo que tenta retomar o controle do território”, concluiu.

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