O ex-vice-prefeito de Teresina, Robert Rios, comentou nesta terça-feira (14), em entrevista por telefone ao Central Piauí, as operações “Gabinete de Ouro” e “Interpostos”, deflagradas pela Polícia Civil do Piauí para investigar possíveis irregularidades na gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD).

Robert, que também foi secretário de Finanças no início da administração municipal, afirmou que as investigações confirmam denúncias que ele próprio já havia apresentado a órgãos de controle e à imprensa enquanto ainda fazia parte da gestão.
“Tudo isso que hoje veio à tona, eu já tinha denunciado à Câmara de Vereadores, ao Tribunal de Contas, ao Ministério Público e à própria Polícia Civil. Tudo isso já tinha sido denunciado amplamente na imprensa”, disse o ex-vice-prefeito.
Segundo Robert Rios, as operações que resultaram na prisão de ex-assessores e no cumprimento de mandados de busca e apreensão em residências “revelam um cenário que já era conhecido”.
“Eu falei para o prefeito, falei para o Ministério Público, falei para a Justiça, falei para a Câmara de Vereadores, falei para a imprensa. Agora, eu acho que tem mais gente envolvida. Mas cabe à polícia fazer o seu papel”, afirmou.
Ex-vice rompeu com Dr. Pessoa em 2023
O rompimento entre Robert Rios e Dr. Pessoa ocorreu em janeiro de 2023, após uma série de denúncias de supostas irregularidades dentro da Prefeitura de Teresina. À época, Rios afirmou publicamente que a administração havia se tornado um “caso de polícia” e que decisões importantes estavam concentradas nas mãos de familiares do prefeito.
Operações investigam desvio de recursos e lavagem de dinheiro
A Operação “Gabinete de Ouro” apura um suposto esquema de corrupção e “rachadinhas” dentro da Prefeitura de Teresina. Entre os alvos está Suelene da Cruz Pessoa, conhecida como “Sol Pessoa”, ex-assessora especial e sobrinha do ex-prefeito, presa nesta terça-feira (14). Bens avaliados em mais de R$ 75 milhões foram sequestrados pela Justiça.
Já a Operação “Interpostos” investiga um esquema de lavagem de dinheiro que envolveria o uso de empresas em nome de terceiros para movimentar valores ilícitos. Entre os investigados estão Stanley Freire, filho do jornalista Silas Freire, e Neto do Angelim, ex-vereador e ex-presidente da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves.

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