O secretário Estadual de Justiça do Piauí, coronel Carlos Augusto, avaliou que o combate ao crime organizado no Rio de Janeiro exige ações permanentes e estruturadas. Segundo ele, seriam necessárias operações diárias por 50 anos para enfraquecer as facções que atuam no estado. A declaração foi dada após a megaoperação realizada na semana passada, que deixou 117 mortos, de acordo com o Governo do Rio.
“Essa operação do Rio de Janeiro nos traz uma reflexão, porque lá o Estado é paralelo, o crime é uma atividade que concorre com o poder público, e nós não podemos admitir isso”, afirmou o coronel. Ele destacou que o enfrentamento deve ser contínuo e sustentado por políticas públicas, não apenas por ações pontuais de repressão.

Com mais de 30 anos na segurança pública, o secretário defendeu que o país precisa de uma política nacional e verticalizada de combate ao crime organizado. Carlos Augusto também prestou solidariedade aos familiares dos quatro policiais mortos durante a ação e reforçou a importância de investimentos permanentes em segurança.
Segundo dados divulgados pelo Governo do Rio de Janeiro, dos 117 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, 115 tinham passagens pela polícia. O secretário piauiense ressaltou que, mesmo com baixas, as operações mostram o poder do Estado diante das facções e a necessidade de fortalecimento das instituições de segurança em todo o país.

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