O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), afirmou nesta quarta-feira (7) que a dívida da administração municipal chega a aproximadamente R$ 3 bilhões, valor três vezes superior ao divulgado anteriormente, no início da semana.

A atualização do montante ocorre em meio a um pedido oficial da Câmara Municipal, feito na terça-feira (6), para que o prefeito compareça ao Legislativo e preste esclarecimentos sobre a situação fiscal do município. Em entrevista à reportagem, Sílvio Mendes afirmou que está disposto a atender ao convite dos vereadores.
“Veja só a soma do que me chegou aqui. E tem mais coisas ainda pendentes que não se findou o levantamento. Mas a Prefeitura Teresina está devendo aproximadamente R$ 3 bilhões. Eu tinha dito um pouco mais de R$ 1 bilhão. Mas eu fui atrás, já que houve uma politização, estão me dizendo que eu vou convocar da Câmara. Eu não tenho nenhum problema, nada a reparar em minha vida, seja como cidadão, seja como gestor público, nada a temer”, declarou.
O prefeito também destacou que mais de 3.770 contratos foram analisados e que os documentos serão encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI).
Entre os principais passivos apontados por Sílvio Mendes estão:
- R$ 480 milhões em restos a pagar (serviços prestados e não quitados);
- R$ 280 milhões em consignações descontadas e não repassadas;
- R$ 212 milhões em contratos com empresas terceirizadas, atualmente judicializados;
- R$ 110 milhões de dívidas da Fundação Municipal de Saúde, referentes a compras de medicamentos e insumos;
- R$ 620 milhões em dois financiamentos junto ao Banco do Brasil;
- R$ 100 milhões de empréstimo junto ao BRB (Banco de Brasília);
- R$ 100 milhões tomados junto à Caixa Econômica Federal;
- R$ 123 milhões em operação com o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina);
- R$ 202 milhões em dívida com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID);
- R$ 502 milhões de repasses não realizados ao IPMT (Instituto de Previdência do Município);
- R$ 8 milhões referentes ao FGTS;
- R$ 4 milhões ao INSS.
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