Fragilizado politicamente após as eleições municipais, Rafael Fonteles (PT) já vê uma sombra se projetar sobre sua liderança: seu próprio padrinho político, Wellington Dias, que governou o Piauí por quatro mandatos. Como se não bastasse a pressão dos partidos da base, como MDB e PSD, uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (28) trouxe um alerta silencioso: 72% dos piauienses beneficiários do Bolsa Família aprovam a gestão de Wellington no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Mas a avaliação positiva vai além da entrega de programas sociais — é também um lembrete da habilidade política do ex-governador, algo que Rafael, dizem aliados, está falhando em demonstrar.

Nos bastidores, a insatisfação é clara. A coluna ouviu petistas e aliados próximos a Rafael, e o clima não é dos melhores. A dificuldade do atual governador em “agradar” e “articular” virou tema central. No último final de semana, Wellington reuniu em torno de si nomes da base, como os deputados estaduais Franzé Silva e Dr. Vinícius, além dos federais Dr. Francisco e Flávio Nogueira.

A mensagem direta ou indireta, foi: ele ainda é o principal nome da base — e a falta de um líder que una todos os partidos parece conduzir as discussões de 2026 para o colo do ex-governador.