A juíza Luciana Rocha Damasceno Cavalcante, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado do Piauí contra os acusados pelo duplo homicídio dos primos Alan Carlos Silva Rabelo e Roniel de Souza Deó, ocorrido em 4 de dezembro de 2023.
A decisão, datada de 2 de abril de 2024, transforma em réus Henrique dos Santos Lopes, Antônio Francisco de Jesus Alves da Silva, João Victor da Silva, Jailson Ferreira da Silva e Francisco das Chagas Mendes de Abreu, conhecido como "Barriga", apontado como o mentor e executor do crime.
Os acusados responderão por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificulte a defesa da vítima, além de participação em organização criminosa.
A magistrada ressaltou que "os indícios de autoria se encontram evidenciados pelos documentos e depoimentos colhidos durante a investigação criminal".
Outro envolvido, Reidiomar dos Santos, foi libertado e não foi denunciado, pois, de acordo com o Ministério Público, não há evidências de sua participação no crime.
O caso teve início na madrugada do dia 4 de dezembro de 2023, quando Roniel de Souza Deó, de 21 anos, e Alan Carlos Silva Rabelo, de 24 anos, foram torturados e executados a tiros no povoado São Félix, na região do Rodoanel de Teresina. Um caminhoneiro encontrou os corpos por volta das 5h da manhã e informou às autoridades, que acionaram a Polícia Militar.
As investigações conduzidas pelo delegado Bruno Ursulino revelaram que as vítimas foram confundidas com membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), e por isso foram executadas por membros do grupo rival, Bonde dos 40.
As primeiras prisões ocorreram no dia 13 de dezembro de 2023, com a detenção de João Victor da Silva, conhecido como "Negreti", Jailson Ferreira da Silva e Antônio Jesus Alves da Silva. Francisco das Chagas Mendes de Abreu, o "Barriga", considerado o mentor do crime, foi preso em 16 de dezembro de 2023, assim como Henrique dos Santos Lopes.