O Ministério Público do Piauí afirmou, nesta quarta-feira (26), que as provas reunidas pela Polícia Federal no processo que envolve a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) são “robustas” e suficientes para sustentar a denúncia. A avaliação foi feita pelo promotor João Batista de Castro Filho, durante o terceiro dia de audiência de instrução e julgamento. Tatiana e outras oito pessoas respondem a acusações como lavagem de dinheiro, fraude eleitoral, peculato e organização criminosa.
Segundo o promotor, a etapa de oitiva das testemunhas tem ocorrido de forma tranquila e permite que defesa e acusação apresentem suas versões. Ele afirmou que, no entendimento do Ministério Público, os elementos colhidos pela PF sustentam a tese de que houve compra de votos e uso de recursos ilícitos na campanha eleitoral da parlamentar. De acordo com João Batista, testemunhas ouvidas no início das audiências confirmaram tanto a oferta quanto o recebimento de vantagens financeiras ligadas ao caso.
Tatiana Medeiros foi presa pela Polícia Federal em abril, na Operação Escudo Eleitoral, e passou a cumprir prisão domiciliar em junho, por decisão judicial. A PF aponta que sua campanha teria sido financiada por dinheiro de uma facção criminosa supostamente liderada por Alandilson Cardoso Passos, seu companheiro, que responde a processos paralelos e permanece preso por outro mandado. A defesa da vereadora nega envolvimento com facções e afirma que o processo trata exclusivamente de acusações sobre compra de votos.
O caso envolve nove investigados: Tatiana Medeiros; Alandilson Cardoso Passos; Stenio Ferreira Santos; Maria Odélia de Aguiar Medeiros; Emanuelly Pinho de Melo; Lucas de Carvalho Dias Sena; Bruna Raquel Lima Sousa; Sávio de Carvalho França; e Bianca dos Santos Teixeira Medeiros. As audiências seguem na Justiça Eleitoral, onde o Ministério Público busca confirmar os depoimentos e documentos que considera essenciais para o avanço da ação penal.