O Ministério Público do Piauí entrou com ação civil pública pedindo intervenção judicial na Federação de Futebol do Piauí e o afastamento do presidente Robert Brown Carcará. O pedido foi feito após análise de documentos e relatório técnico que, segundo o órgão, apontam risco de desorganização administrativa e financeira na entidade e no Instituto de Futebol do Piauí.
A ação menciona um laudo independente que identificou problemas estruturais, divergências fiscais e falta de documentação referente a despesas de 2024. Entre os pontos citados estão ausência de registros, inconsistências em declarações à Receita Federal e o que o MP classificou como um “apagão documental” que envolve mais de R$ 4,4 milhões em despesas sem comprovação.
O promotor responsável afirma que a estrutura atual das entidades não oferece segurança para a continuidade da gestão de recursos públicos e privados ligados ao futebol piauiense. Ele também destaca que relatórios anteriores apresentaram falhas formais, incluindo documentos assinados por empresa sem habilitação para auditoria.
No pedido, o MP solicita o afastamento imediato dos dirigentes e a nomeação de um administrador provisório para assumir o controle das entidades, garantir o andamento das competições e localizar documentos faltantes. Também requer que os gestores entreguem registros contábeis, acessos bancários e demais materiais necessários ao funcionamento das instituições.