Adolescente baleado por ex-namorada tenta reabilitação inédita no Rio de Janeiro

João Lucas, de 16 anos, ficou tetraplégico após ser baleado por ex-namorada dentro de escola particular de Teresina, em 2024.

A família de João Lucas Campelo, de 16 anos, busca um tratamento experimental no Rio de Janeiro para tentar reverter a tetraplegia causada por um tiro disparado pela ex-namorada dentro de uma escola particular de Teresina, em dezembro de 2024. O método, que utiliza uma substância chamada polilaminina, é estudado há mais de 20 anos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ainda aguarda autorização para uso clínico.

A mãe do adolescente, Cleytiana Campelo, afirmou que o filho depende de profissionais de saúde e da ajuda constante da família. Ela trabalha como cabeleireira e explicou que o plano de saúde não cobre todos os custos necessários. Para complementar as despesas, a família criou uma vaquinha online a fim de garantir cuidadores, fonoaudiólogo, suplementos e materiais hospitalares.  

João Lucas Campelo foi baleado dentro de um colégio particular em Teresina Reprodução
 
 
 

Segundo Cleytiana, o tratamento em casa precisa ser intensificado antes da viagem ao Rio de Janeiro. A preparação inclui ajustes na rotina e recursos para transporte, hospedagem e acompanhamento médico. A mãe disse que o objetivo é deixar tudo pronto para quando o procedimento for autorizado.

João Lucas foi baleado em 4 de dezembro de 2024, dentro do refeitório da escola, onde conversava com a ex-namorada. O tiro atingiu sua boca e se alojou na coluna. A adolescente de 17 anos foi apreendida e responde por ato infracional semelhante à tentativa de homicídio. A arma usada pertencia ao pai dela, policial militar, que é investigado pela Corregedoria da PM do Piauí.