Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Parnaíba relataram a falta de macas para atender pacientes no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA). De acordo com uma médica que atua no serviço, a ambulância de suporte avançado chegou a ficar parada por 48 minutos em frente ao hospital, impedindo o atendimento a outras ocorrências.
“Precisei entrar no hospital para procurar uma maca e não encontrei nenhuma disponível. Acabei tendo que deixar o paciente em uma cama, que parecia estar sendo usada por um funcionário. Não podemos ficar parados esperando, pois há outras chamadas para atender,” afirmou a profissional, que optou por não se identificar.
O SAMU de Parnaíba opera com três tipos de ambulâncias: básica, intermediária e avançada, esta última destinada a casos mais graves e abrange a região de Cajueiro, Cocal, Luís Correia e Buriti dos Lopes.
A diretora do HEDA, Walneide Franca, reconheceu o problema e informou que o hospital possui cinco macas destinadas ao recebimento de pacientes do SAMU e outras unidades, mas destacou que a superlotação pode complicar a situação. “Quando estamos superlotados, fica mais complicado, mas tentamos resolver da melhor maneira,” disse.
Em nota, a direção do HEDA explicou que, como único hospital público de referência para as regiões da Planície Litorânea e Cocais, o hospital opera em regime de “vaga zero”, enfrentando alta demanda frequentemente. Desde o início de outubro, o Pronto-Socorro do HEDA já realizou 5.644 atendimentos, com 1.208 casos não urgentes. A nota afirma que o hospital conta com cerca de 40 macas móveis e 5 fixas, e que está sempre buscando melhorar o fluxo de atendimento.