Jornalista do GP1 afirma que foi agredido por presidente de comissão da OAB-PI

Em nota, Albelar Prado, afirma que não agrediu em nenhum momento o jornalista Bruno Suênio.

O Portal GP1 divulgou nota na manhã desta quarta-feira (21), afirmando que o jornalista policial e investiga Brunno Suênio, que atua na empresa há mais de 15 anos, foi agredido pelo presidente da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí (OAB-PI), Francisco Albelar Pinheiro Prado. Um vídeo gravado pelo próprio Brunno Suênio mostra o exato momento em que o advogado tenta impedir o trabalho do jornalista.

  

Albelar Prado e Brunno Suênio Foto: Cedida pelo GP1

   

Conforme a nota de repúdio, o jornalista investigativo estava fazendo a cobertura da prisão da da advogada Jordana de Sousa Torres, presidente da Comissão de Direito Digital da OAB-PI, no âmbito da Operação Quebrando a Banca, que foi acusada de vazar informações sigilosas de investigações comandadas pela Polícia Civil do Maranhão. A operação tenta desbaratar o esquema inlegal de jogos de azar.


No vídeo cedido ao Central Piauí, pelo Portal GP1, é possível perceber que o jornalista está em pleno exercício da função, quando é surpreendido com a ação do advogado. Na sequência,  Albelar Pinheiro avança e tenta impedir a gravação que é feita por Brunno Suênio. Conforme o jornalista, o advogado chegou a bater em suas mãos e a empurrá-lo. Em um momento registrado ainda em vídeo, o advogado aparece chamando o jornalista de “palhaço”. 

Brunno Suênio é jornalista formado pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), com mais de 15 anos de atuação no jornalismo policial e investigativo no estado do Piauí. Tendo por várias vezes seu trabalho reconhecido a nível estadual pelas autoridades piauienses.

NOTA DO PORTAL GP1

Nota de repúdio do Portal GP1

A agressão sofrida pelo jornalista Brunno Suênio, do Portal GP1, às mãos do presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas da OAB do Piauí, Francisco Albelar Pinheiro Prado, é um ato lamentável e inaceitável que atenta contra a liberdade de imprensa e o exercício da profissão jornalística.

O jornalista estava cumprindo seu dever ao cobrir a prisão da advogada Jordana de Sousa Torres no contexto da Operação Quebrando a Banca, um assunto de interesse público.

A atitude do advogado, ao tentar impedir o trabalho do repórter e agredi-lo fisicamente, revela uma intolerância preocupante e um desrespeito flagrante aos direitos fundamentais de informação e liberdade de expressão.

A imprensa desempenha um papel crucial na sociedade ao relatar fatos e investigar questões de interesse coletivo, e agressões como essa representam uma ameaça direta à integridade dos profissionais que buscam cumprir essa função vital.

É fundamental que haja uma resposta firme por parte das autoridades competentes para garantir a segurança e a liberdade dos jornalistas no exercício de suas atividades, bem como para assegurar que casos como esse não fiquem impunes.

A atitude do advogado Francisco Albelar é condenável e merece repúdio veemente por parte de toda a sociedade comprometida com os valores democráticos e os princípios fundamentais do Estado de Direito.

OUTRO LADO

NOTA

O Presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB Piauí, Albelar Prado, afirma que não agrediu em nenhum momento o jornalista Bruno Suênio.

Albelar Prado estava acompanhando uma advogada e pediu que os profissionais da imprensa que estavam no local não a filmassem.

A ação de Albelar Prado visou evitar um escrutínio público da profissional, uma vez que o processo ainda está em curso e todos os cidadãos são considerados inocentes do ponto de vista legal até que seja finalizado o trânsito em julgado.

Ressalta-se que Albelar Prado respeita e defende a liberdade de imprensa. Como advogado, agiu tentando resguardar as prerrogativas legais e os direitos assegurados do ponto de vista do uso de imagens em matérias jornalísticas.