O advogado David Pereira de Sá, suspeito de colaborar em um esquema de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, teve a liberdade concedida nesta sexta-feira (6) pelo desembargador Pedro de Alcântara Macêdo, da 1ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí. David havia sido preso preventivamente em 22 de outubro durante operação do GAECO.
Segundo a determinação, a defesa alega que a situação de David Pereira é semelhante à de Vitória Oliveira Marinha, outro alvo da operação, que teve a liberdade concedida no início deste mês sob a justificativa de que sua liberdade não apresenta risco à investigação.
Os advogados de David ainda ressaltam que ele está sofrendo constrangimento ilegal, em razão de continuar preso desde 22 de outubro.
O magistrado deu parecer favorável ao alvará de soltura para o advogado. No entanto, foram impostas medidas cautelares, como:
- I) Comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades;
- II) Proibição de acesso ou frequência a estabelecimentos prisionais, bares, boates e similares, visto que relacionados às circunstâncias comuns do crime de tráfico de drogas;
- III) Proibição de manter contato, por qualquer meio, com os corréus ou com pessoas investigadas pela prática de crimes correlatos (como tráfico de drogas, organização criminosa e afins);
- IV) Proibição de ausentar-se da Comarca sem prévia comunicação ao juízo;
- V) Recolhimento domiciliar a partir das 22h até as 6h, inclusive nos dias de folga;
- IX) Monitoramento eletrônico, pelo prazo de 90 dias.
RELEMBRE O CASO:
David Pereira de Sá foi preso no dia 22 de outubro na segunda fase da Operação Fragmentado. A ação tinha como objetivo desarticular um grupo de investigados responsáveis pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas, comércio ilegal de arma de fogo, lavagem de capitais e falsa identidade em Teresina.
As investigações apontam que o advogado foi contratado para acompanhar o preso Vagner da Silva Carvalho, trazendo e levando orientações para a comercialização de entorpecentes, assim como para ocultar o dinheiro do tráfico de drogas.
David também é acusado pelo crime de falsa identidade, por articular a entrada da namorada do preso, que se passava por advogada.