“Está faltando material”, é o que denuncia um auxiliar de serviços gerais sobre as condições do Hospital Infantil Lucídio Portella, em Teresina. Segundo a denúncia, feita pelo padrasto de uma menina de 7 anos, materiais como bisturis estão em falta na unidade hospitalar.
“A menina está com quatro meses na fila de espera. Hoje eu fui lá saber por que a fila não anda. Fui atrás do número da regulação e me informaram que está faltando material, como bisturi para as cirurgias. Estão fazendo os casos mais graves regulando por causa do material. Isso está me deixando indignado”, conta o denunciante.
A menina foi diagnosticada com a necessidade de adenoides e amígdalas há nove meses e está há quatro na fila de espera. A criança vem precisando cada vez mais do auxílio da máscara de aerossol para a respiração.
“Ela já está tendo que fazer três vezes ao dia o uso do aerossol para poder respirar direito. De manhã, meio-dia e antes de dormir ela está usando a máscara para poder respirar”, relata o padrasto.
Ao contrário do que consta na denúncia, o hospital informou ter dobrado sua capacidade cirúrgica nos últimos dois anos e que “não há falta de bisturis convencionais na unidade”. Segundo a instituição, o que está atualmente em falta é um tipo específico de bisturi. O hospital divulgou nota em resposta à denúncia. Confira:
O Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP) informa que não há falta de bisturis convencionais na unidade. O que se encontra temporariamente em processo de reposição é um modelo específico de bisturi elétrico bipolar, equipamento delicado, utilizado em procedimentos cirúrgicos que requerem maior precisão e controle térmico.
Esclarecemos que os bisturis bipolares já foram devidamente adquiridos, com processo de compra concluído. No entanto, a entrega do material depende exclusivamente do fornecedor, que relatou dificuldades de logística e disponibilidade para pronta entrega, situação que foge ao controle do hospital.
A direção do HILP está vigilante e em contato constante com a empresa fornecedora, acompanhando de perto o andamento da entrega. Ressaltamos que todas as demandas de materiais cirúrgicos recebidas pela diretoria têm sido tratadas com celeridade e encaminhadas à Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI), que tem atendido prontamente às solicitações.
Reiteramos ainda que o hospital mantém o funcionamento normal do centro cirúrgico, utilizando os bisturis e equipamentos disponíveis com toda a segurança necessária, e que as equipes seguem empenhadas em garantir a realização das cirurgias com o máximo de cuidado e compromisso com a saúde das nossas crianças.
Fonte: Cidade Verde