Pais de Alice Brasil pedem acesso a imagens de segurança do Colégio CEV

Os pais, Dayana Brasil e Cláudio Sousa, afirmam que a criança presenciou a queda do móvel.

A família de Alice Brasil Sousa da Paz, de 4 anos, morta no último dia 5 de agosto após ser atingida por uma penteadeira em uma sala de brinquedos do Colégio CEV, em Teresina, busca acesso às imagens de segurança que registraram o irmão gêmeo da menina no momento da tragédia. Os pais, Dayana Brasil e Cláudio Sousa, afirmam que a criança presenciou a queda do móvel e viu a irmã ser retirada da sala já com sangramento.

 

Pais de Alice Brasil 

O advogado da família, Jailson Rocha, disse que os pais não têm condições emocionais de ir à escola para assistir às gravações e, por isso, vão recorrer à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), responsável pelo inquérito. “A família quer ter a posse dessas imagens. Vamos procurar a DPCA para solicitar o material e entender como foi o trato em relação ao menino”, afirmou.

Dias após a tragédia, os pais formalizaram o cancelamento da matrícula de Alice e pediram a transferência do irmão. O pedido foi feito em reunião com o presidente do Grupo CEV, Rafael Lima, que entregou os objetos pessoais das crianças e informou que não haveria cobrança de multa ou qualquer débito pendente.

Alice estava na Unidade Kennedy do CEV, no bairro Morada do Sol, zona Leste de Teresina, quando foi atingida pelo móvel. De acordo com a versão divulgada pela instituição, outra criança teria passado por baixo da penteadeira, provocando o tombamento. O laudo médico registrou edema cerebral difuso, hematoma subdural agudo e traumatismo cranioencefálico como causas da morte.

O Grupo CEV afirma que professoras prestaram os primeiros atendimentos ainda na sala e levaram Alice à enfermaria. Em nota, disse que o Samu foi acionado e que profissionais do serviço orientaram, por telefone, que a menina fosse levada em carro particular até encontrar a ambulância no trajeto. A instituição lamentou a morte, suspendeu as aulas por alguns dias e declarou oferecer apoio psicológico à comunidade escolar. Representantes da direção afirmaram ainda que desejam “pedir perdão à família”.

O caso é investigado pela DPCA, que já recolheu a penteadeira para perícia e deve ouvir testemunhas e analisar as imagens de segurança. A expectativa é de que o material solicitado pela família ajude a esclarecer não apenas o acidente, mas também o impacto sofrido pelo irmão gêmeo, que estava no mesmo espaço no momento da queda do móvel.