Defesa de advogado preso com laboratório de maconha alega “cultivo para uso pessoal”

Suspeito foi preso na tarde desta quinta-feira (20), na zona rural de Teresina.

A defesa de Antônio Victor Reis Macêdo, preso nesta quinta-feira (20) por suspeita de manter o que a polícia chamou de um “laboratório de drogas” em uma propriedade na zona rural de Teresina, alega que o cliente utilizava os entorpecentes somente para “uso pessoal”. A ação resultou no desmantelamento de uma estufa para cultivo de drogas na localidade Taboca do Pau Ferrado.

  

Advogado é preso em operação da DENARC. Reprodução

   

Ele possui, assim como cidadão, o direito constitucional de presunção da inocência. É muito prematuro rotular que se trata de traficância. Entendemos que, conforme informações pretéritas repassadas para nós, trata-se apenas de um plantio em sua residência destinado ao consumo pessoal. Esses fatos ainda merecem ser devidamente apurados sob o crivo do contraditório e da ampla defesa. Que sejamos juntos a apurar essa demanda”, destacou o advogado Leonardo Queiroz, presidente da comissão das prerrogativas da OAB.

Caráter religioso era usado como fachada para cultivo das drogas, e estrutura era “profissional”

De acordo com Samuel Silveira, delegado da DENARC, a propriedade era apresentada como sede de um culto. Na realidade, segundo a polícia, funcionava ali um laboratório de drogas, que contava com uma estufa destinada ao plantio de maconha. No terreno, havia três residências e, em cada casa, uma estufa.

Além disso, apesar de a defesa alegar que o cultivo da planta era para “uso pessoal”, a estrutura encontrada, segundo os agentes da DENARC, era “profissional” e “em grande escala”. O esquema de segurança também era intenso, com presença de câmeras de monitoramento e cães de guarda.

Investigações também apontam que o local fazia parte de uma estrutura voltada ao tráfico.