Na terça-feira (27), foi divulgado um vídeo durante a audiência de custódia, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, suspeita de envenenar dois irmãos de 7 e 8 anos, negou a acusação e afirmou que a mãe das crianças criou a história por causa de desavenças pessoais. As vítimas continuam internadas em estado grave no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), respirando com a ajuda de aparelhos.
Lucélia alegou que o veneno encontrado em sua casa não foi utilizado para envenenar os irmãos, mas pertencia ao seu irmão, que teria pensado em cometer suicídio, mas desistiu, deixando o veneno na residência. Segundo ela, o veneno era destinado a matar ratos, baratas e formigas, não para ferir pessoas.
"Foi apreendido meu celular, meus documentos e essa coisa [o veneno]. Eu disse logo para eles: isso não é pra matar gente, isso foi o meu irmão que quis se matar envenenado e ficou esse veneno lá em casa, mas é para matar rato e barata e o outro é para formiga", afirmou Lucélia durante a audiência.
Além disso, Lucélia acusou a mãe das crianças de fabricar a acusação como forma de vingança pessoal: "Eu fui acusada, acusação dessas pessoas que não gostam de mim", disse ao ser perguntada se havia envenenado os meninos.
A prisão em flagrante de Lucélia foi convertida em preventiva, com base nos "indícios suficientes da autoria do delito". O histórico de Lucélia inclui relatos de jogar pedras e água quente em crianças.
O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) informou na noite desta terça-feira (27) que foi aberto o protocolo de morte encefálica para a criança de 7 anos que foi envenenada em Parnaíba. Segundo o hospital, o segundo garoto, de 8 anos, permanece internado com o quadro de saúde grave, sem alterações.