O deputado estadual Tiago Vasconcelos (MDB) afirmou ao Central Piauí que é do governador Rafael Fonteles (PT) a responsabilidade de avaliar e conduzir uma possível crise entre MDB e PT após a insatisfação de emedebistas com convites feitos pela Federação PT/PV/PCdoB a parlamentares e pré-candidatos do partido.
“É uma decisão dele. Ele sabe se quer dialogar ou tratar sobre esse assunto. A avaliação sobre se isso pode gerar desdobramentos, animosidade entre parlamentares, quem tem que fazer é ele, e conduzir da maneira que entender”, disse o deputado.
Tiago Vasconcelos lembrou que havia um “acordo de cavalheiros” entre MDB e Federação para evitar convites cruzados que pudessem interferir na formação das chapas proporcionais de 2026.
“Havia um diálogo de que quem está filiado no MDB não seria convidado pela Federação, e quem estava na Federação não seria convidado pelo MDB. Esse diálogo não tinha interferência do governador. Era uma conta feita entre os dois partidos da base”, explicou.
O parlamentar afirmou ainda que, caso o cenário mude e haja desembarque de colegas emedebistas, ele pode reavaliar sua permanência na disputa pela sigla.
“Vai ser mantido aquele compromisso que todos tinham feito ou vai ter mudança? Mudou? Eu, Tiago, estou dizendo que vou fazer essa conta”, declarou.
A tensão na base governista é fato. O líder do MDB na Assembleia, deputado João Madison, afirmou que o PT não pode “enfraquecer” o partido e declarou que o governador não permitirá a saída de pré-candidatos emedebistas para a sigla petista.
Questionado sobre possíveis prejuízos ao MDB, João Madison negou a existência de risco de debandada. Para ele, o governador agirá para evitar perdas na chapa.
“Eu acredito na posição do governador. Ele não vai deixar sair candidatos do MDB para o PT, pra ir pra onde? vai fazer chapinha? O governador não aceita”, afirmou o líder emedebista.