Vereador Pedro Alcântara critica CPI do déficit e chama relatório de “meia-boca”

Em entrevista ao Central Piauí, Pedro apontou que a comissão não convocou os principais investigados.

O vice-líder do prefeito Silvio Mendes (União Brasil) na Câmara Municipal de Teresina, vereador Pedro Alcântara (PP), criticou nesta terça-feira (18) o número de CPIs instaladas na gestão atual e classificou de “meia-boca” o relatório final da CPI que apurava o déficit financeiro nas contas públicas do município. Para ele, a comissão deveria ter sido realizada na gestão anterior, do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD).

Em entrevista ao Central Piauí, Pedro apontou que a comissão não convocou os principais investigados, incluindo o ex-prefeito e a ex-chefe de gabinete, envolvida em casos de desvios de recursos:

"Era para ter tido CPI no ano passado, na gestão do doutor Pessoa. Não fizeram. Aí vem fazer na gestão do Ciro, depois que passou tudo. Por isso eu digo, a CPI do Rombo, a CPI faz de conta. É a CPI meia-boca, porque não foi completa."

O vereador ainda questionou a diferença entre o valor apontado pelo prefeito Silvio Mendes e o relatório da CPI: "O doutor Silvio disse que são 3 bilhões. E a CPI só achou um rombo de 150 milhões. Onde estão os 2 bilhões restantes? Está no bolso de quem? Está na conta de quem? A CPI não apurou isso."

Pedro Alcântara afirmou que o relatório da comissão foi parcial, ouviu apenas quem quis e nem chegou a ser votado no plenário da Câmara. Segundo ele, o documento deve seguir para o Ministério Público, que terá que analisar as divergências entre o relatório da CPI e o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

"Eu imagino que o Ministério Público deve receber e tomar decisões. Muito bem, vocês encontraram os 150 milhões de rombo, cadê o resto?", questionou.