Servidores da Assembleia Legislativa do Piauí seguem exonerados no mês em que se comemora o Dia do Servidor Público. O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputato Franzé Silva (PT)) exonerou todos os ocupantes de diversos tipos de cargos em comissão. A exoneração foi assinada nesta terça-feira (8), mas tem efeito desde 1º de outubro de 2024.
A coluna de hoje vai tratar desse tema e, em especial, traz a voz daquele que comemora seu dia neste mês: isso mesmo, o Servidor Público. Para um assunto delicado como este, é óbvio que haverá sigilo da fonte, mas posso nomeá-lo(a) como Sr. ou Sra. “Z”.
Questionado(a) sobre como anda o clima na Casa Legislativa do Piauí e se há alguma previsão de retorno à normalidade após as exonerações, ele ou ela soltou o verbo:
“O clima está péssimo. Não sei a previsão de nada. A única certeza aqui é a seguinte: mesmo estando exonerado, nós temos que vir trabalhar, sem certeza alguma de que nosso pagamento vai cair, mas com a certeza de que, se faltar, quando as coisas voltarem ao normal, quem faltou não será contratado”, disse Sr. ou Sra. “Z”.
“Nem nos tempos do ‘Ali-Babá’ era assim. Aqui tinha brindes, sorteios de bicicletas, doação de cestas básicas, e não eram aquelas do Carvalho, não; eram cestas de verdade, com Chandon, e nunca atrasou um salário,” recordou o Sr. ou Sra. “Z”, referindo-se ao ex-presidente da casa, Themístocles de Sampaio Filho, como o “Ali-Babá”. [Não sei qual a referência desse personagem de conto com o atual vice-governador.]
Sr. ou Sra. “Z” seguiu:
“Na época que era o pai [Kleber Eulálio] desse outro que vai entrar aí [Severo Eulálio], as coisas não eram assim. Ele não foi como o ‘Ali-Babá’, mas também nunca atrasou um salário. Assim que esse que está aí entrou, meu salário atrasou dois meses no ano passado,” recordou o Sr. ou Sra. “Z”.
“Olha, aqui tinha servidor de 30 anos que ele exonerou na primeira vez, colocou como comissionado e demitiu dois meses depois. E agora está aí no pau [quis dizer, na Justiça]. Isso é coisa que se faça, rapaz?” questionou o Sr. ou Sra. “Z”.
“Esse aí é porque nunca viu dinheiro, e esta é a chance dele. Os outros vieram todos de berço de ouro e não tinham o mesmo pensamento que ele tem,” finalizou o Sr. ou Sra. “Z”.
A única pergunta da coluna para o Sr. ou Sra. “Z” foi aquela do início do texto. Pelo tom das respostas, parece que a fonte está fadada ao que se passa na Assembleia Legislativa do Piauí.
A coluna conversou com outros servidores da casa, mais novos e mais antigos, e todos falaram a mesma língua, o que sustenta o relato do Sr. ou Sra. “Z”.
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