O clima azedou no Podemos. E tudo por causa de uma moção de louvor ao ministro Alexandre de Moraes, aprovada na Câmara de Teresina. O vereador Carpejanne Gomes, presidente municipal da sigla, votou a favor, e o gesto agradou nada, nada o presidente estadual do partido.

  

Carpejane gomes e Mainha. 

   

Mainha, que comanda o Podemos no Piauí, não demorou nem dia encerrar para reagir. Foi às redes e refutou o voto do correligionário. Disse que a posição do vereador não reflete o partido e lembrou que Moraes foi alvo de sanções internacionais por decisões consideradas controversas no campo dos direitos humanos.

Mas a história não para por aí. O Podemos estadual decidiu levar o caso ao Conselho de Ética. A avaliação é que Carpejanne agiu sem diálogo e atropelou a orientação partidária.

Na Câmara, os votos contrários à moção foram poucos — apenas cinco vereadores rejeitaram a homenagem.

Desde 2024, Mainha integra o campo da oposição ao governador Rafael Fonteles (PT), após entregar um cargo na gestão estadual por discordâncias políticas. O ex-deputado, que se identifica politicamente como figura da centro-direita, tem adotado postura crítica às ações do governo e, recentemente, também a decisões do Supremo.