Sexta, 12 de dezembro de 2025, 22:15
COVID-19

Sesapi confirma circulação da variante da Covid-19 no Piauí

A Sesapi informou que o Lacen-PI continuará realizando testagem diagnóstica.

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) confirmou, nesta quarta-feira (3), a circulação da nova variante da Covid-19, a linhagem XFG do SARS-CoV-2, no estado. Foram analisados 44 genomas de amostras coletadas entre janeiro e agosto de 2025, provenientes de Teresina, Altos, Parnaíba, São João do Piauí, Campo Maior e Morro Cabeça do Tempo.

Os exames foram realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública “Dr. Costa Alvarenga” (Lacen-PI), em parceria com o Laboratório de Vigilância Genômica e Biologia Molecular (LVGBM) da Fiocruz Piauí, a partir do monitoramento genômico de amostras clínicas positivas para Covid-19.

A linhagem XFG já foi identificada em outros estados brasileiros, como Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, Goiás, Distrito Federal e Santa Catarina. No Piauí, que registra aumento no número de casos nas últimas semanas epidemiológicas, a confirmação ajuda a explicar o cenário atual.

A XFG é uma variante recombinante, com mutações na proteína spike associadas a uma leve evasão da resposta imune, podendo reduzir parcialmente a neutralização por anticorpos. Contudo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o momento não há evidências de que a variante provoque quadros clínicos mais graves ou comprometa significativamente a eficácia de vacinas e antivirais.

Por isso, a OMS classificou a XFG como “variante sob monitoramento”, o que implica atenção ampliada, mas sem necessidade de mudanças nas condutas clínicas ou na vacinação.

Vigilância reforçada

A Sesapi informou que o Lacen-PI continuará realizando testagem diagnóstica e sequenciamento genômico de forma periódica, em parceria com a Fiocruz Piauí e as vigilâncias municipais, para garantir a rápida identificação de alterações no padrão de circulação viral e subsidiar decisões de saúde pública.

A vacinação segue sendo a principal forma de combate à disseminação da Covid-19. Para grupos de maior risco, recomenda-se a dose a cada seis meses, enquanto quem já foi vacinado anteriormente deve receber reforço anual.

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