A defesa do sargento Avelar dos Reis Mota, condenado a 4 anos, 2 meses e 12 dias de prisão em regime semiaberto por furto qualificado com uso de chave falsa, afirmou nesta quinta-feira (16) que a decisão judicial se baseia em uma investigação com diversas irregularidades. O advogado Otoniel Bisneto disse que o policial nega o crime e que recorrerá da sentença em liberdade.
O caso ocorreu em 15 de fevereiro de 2023, quando o sargento foi acusado de invadir a casa de Juliana dos Santos Souza, no bairro Areias, zona Sul de Teresina, e furtar um perfume da marca Malbec. A denúncia também apontou que o militar teria tentado danificar as câmeras de segurança do imóvel. As provas utilizadas na condenação incluem imagens, boletins de ocorrência e depoimentos de testemunhas.

A defesa, porém, contesta a validade dos materiais apresentados e a condução do inquérito policial militar. Segundo o advogado, não foi feita perícia no local do crime e o processo teria sido conduzido de forma parcial. “O IPM que deu origem ao processo foi mal conduzido e não cumpriu os requisitos mínimos de apuração”, afirmou Otoniel Bisneto.
O advogado também criticou a atuação da Corregedoria da Polícia Militar, alegando falhas na supervisão do caso. A sentença, assinada pelo juiz Raimundo José de Macau Furtado, da Vara Militar, foi proferida na quarta-feira (15). A defesa informou que irá recorrer da decisão nas instâncias superiores para tentar reverter a condenação.

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