O Ministério Público apresentou novas informações na audiência desta sexta-feira (28) envolvendo a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) e outros oito réus, investigados por suposto esquema de compra de votos em Teresina. Segundo o órgão, o Instituto Vamos Juntos, fundado pela parlamentar, teria sido usado para movimentar recursos destinados ao aliciamento de eleitores durante as eleições de 2024.
O promotor Plínio Fontes afirmou que Alandilson Passos, companheiro da vereadora, arrecadava dinheiro de pessoas com antecedentes criminais e repassava parte dos valores para o Instituto e outra diretamente para a parlamentar. De acordo com ele, pagamentos por Pix eram feitos a assessores e a eleitores, que enviavam fotos na cabine de votação ou comprovante de participação na eleição.

Durante a semana, dezenas de testemunhas foram ouvidas no Fórum Eleitoral, incluindo familiares da vereadora e colaboradores do Instituto. Os promotores explicaram que o grupo teria atuado em três frentes: liderança, repasse financeiro e operacional, responsável pelo cadastro e confirmação dos votos. Tatiana Medeiros e Alandilson Passos devem prestar depoimento ainda hoje.
A denúncia inclui crimes como organização criminosa, corrupção eleitoral, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A Justiça Eleitoral encerra nesta sexta o quinto dia de oitivas, após ouvir mais de 60 testemunhas. Com o fim da fase atual, caberá ao Ministério Público analisar o material apresentado e indicar se serão necessárias novas medidas antes da decisão judicial.

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