Quarta, 22 de janeiro de 2025, 01:52
CASO FRANCISCO NETO

Advogado de defesa de PMs dá detalhes sobre caso envolvendo morte de caminhoneiro

"Está se querendo criar uma comoção social", contou o advogado em entrevista.

O advogado de defesa dos policiais militares envolvidos no caso em que o caminhoneiro foi morto por uma bala perdida, Otoniel Bisneto, deu detalhes sobre o processo em conversa com o Central Piauí. Segundo ele, laudos comprovam que o tiro que atingiu Francisco Neto não saiu da arma dos militares e que a família da vítima está tentando criar uma “comoção social” em cima do caso.

  

Francisco Neto, vítima de uma bala perdida da PM. Reprodução

   

De uma certa forma, está se querendo criar uma comoção social [...] Estão querendo criar um fato para criar um pedido de indenização do estado”, disse o advogado.

Bisneto ainda negou acusações de que os policiais estariam tentando intimidar a família e demais pessoas envolvidas no caso. Segundo ele, foram feitas acusações caluniosas contra seus clientes.

Não tinham nem contato [com a família]. Quando veio o pedido de prisão, todo mundo se assustou. Prisão de quê? Supostamente, os três foram na gráfica pedir pro dono da gráfica apagar as imagens. Agora vamos lá: a gráfica tem câmeras. Por que ela não entregou a imagem dos policiais intimidando?”, ele questiona.

O advogado ainda criticou a condução do caso e o fato de os PMs terem ficado 30 dias presos mesmo com carência de provas que responsabilizem os agentes de segurança.

RELEMBRE O CASO

O trágico episódio aconteceu no dia 10 de novembro. O caminhoneiro Francisco Neto estava trabalhando transportando móveis no bairro Lourival Parente quando, segundo o Ministério Público, criminosos que estavam sendo perseguidos pela PM dispararam contra os policiais. Os policiais teriam revidado os tiros e acabaram acertando um dos suspeitos na perna. A troca de tiros, no entanto, resultou na morte de Francisco Neto, que foi vítima de uma bala perdida. O caminhoneiro chegou a ser socorrido e internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu três dias depois. 

Os PMs envolvidos no caso foram presosno dia 19 de dezembro.

Leia Também

Dê sua opinião: