O advogado de defesa dos policiais militares envolvidos no caso em que o caminhoneiro foi morto por uma bala perdida, Otoniel Bisneto, deu detalhes sobre o processo em conversa com o Central Piauí. Segundo ele, laudos comprovam que o tiro que atingiu Francisco Neto não saiu da arma dos militares e que a família da vítima está tentando criar uma “comoção social” em cima do caso.
“De uma certa forma, está se querendo criar uma comoção social [...] Estão querendo criar um fato para criar um pedido de indenização do estado”, disse o advogado.
Bisneto ainda negou acusações de que os policiais estariam tentando intimidar a família e demais pessoas envolvidas no caso. Segundo ele, foram feitas acusações caluniosas contra seus clientes.
“Não tinham nem contato [com a família]. Quando veio o pedido de prisão, todo mundo se assustou. Prisão de quê? Supostamente, os três foram na gráfica pedir pro dono da gráfica apagar as imagens. Agora vamos lá: a gráfica tem câmeras. Por que ela não entregou a imagem dos policiais intimidando?”, ele questiona.
O advogado ainda criticou a condução do caso e o fato de os PMs terem ficado 30 dias presos mesmo com carência de provas que responsabilizem os agentes de segurança.
RELEMBRE O CASO
O trágico episódio aconteceu no dia 10 de novembro. O caminhoneiro Francisco Neto estava trabalhando transportando móveis no bairro Lourival Parente quando, segundo o Ministério Público, criminosos que estavam sendo perseguidos pela PM dispararam contra os policiais. Os policiais teriam revidado os tiros e acabaram acertando um dos suspeitos na perna. A troca de tiros, no entanto, resultou na morte de Francisco Neto, que foi vítima de uma bala perdida. O caminhoneiro chegou a ser socorrido e internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu três dias depois.
Os PMs envolvidos no caso foram presosno dia 19 de dezembro.
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