Um levantamento divulgado nesta semana pelo Ranking de Competitividade dos Estados, realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), indica que o Piauí é o terceiro pior estado em inovação e tecnologia. O levantamento avalia o desempenho dos estados em áreas estratégicas como pesquisa científica, tecnologia, empreendedorismo e desenvolvimento de empresas inovadoras.
A colocação coloca o Piauí na parte inferior da tabela, ainda distante dos estados mais bem posicionados, como Rio Grande do Sul (1º), São Paulo (2º) e Amazonas (3º). A pontuação do estado é impactada principalmente por baixos índices em concessão de patentes, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e estrutura de apoio à inovação.
O ranking é composto por dez pilares temáticos e mais de 80 indicadores, sendo o de inovação um dos mais relevantes para medir o potencial de desenvolvimento de longo prazo. Os dados utilizados são de fontes como IBGE, CNPq, Anatel e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Entre os indicadores considerados estão a taxa de empresas de alto crescimento, número de bolsas de pós-graduação, capacidade de pesquisa, número de patentes registradas, qualidade do acesso à informação e infraestrutura de tecnologia.
Os dados ainda consideram o número de aceleradoras, incubadoras, parques tecnológicos e parques científicos associados à Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) para cada 1 milhão de habitantes, além da média simples das notas em pesquisa científica do Ranking Universitário Folha (RUF).
Por fim, o estudo do CLP analisa a participação das atividades econômicas de Informação e Comunicação no valor adicionado bruto de Serviços, assim como o número de unidades locais de empresas de alto crescimento em relação ao total de unidades locais.
No recorte regional, o Piauí aparece como o quinto colocado entre os estados nordestinos, atrás de Ceará, Pernambuco, Paraíba e Sergipe. A posição reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à ciência, tecnologia e inovação como caminho para ampliar a competitividade econômica do estado.
No ranking geral de competitividade, que considera todos os pilares, o Piauí também figura nas últimas posições, onde mostram desafios estruturais que afetam áreas como infraestrutura, educação, capital humano e solidez fiscal.
Especialistas apontam que a melhoria nos índices de inovação depende de uma combinação de fatores: investimentos públicos e privados em tecnologia, estímulo à formação de pesquisadores, fomento ao ambiente de negócios e parcerias com universidades e institutos de ciência.
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