A perícia científica do Instituto Médico Legal (IML) de Teresina iniciou nesta quarta-feira (12) a avaliação psiquiátrica de Francisco de Assis Pereira Costa, apontado pela polícia como mentor intelectual do envenenamento de oito pessoas em Parnaíba, no litoral do Piauí. O exame foi solicitado pela Defensoria Pública após questionamento sobre a sanidade mental do acusado. A primeira pessoa ouvida foi a enteada dele, de 17 anos, sobrevivente de uma das ações.
Segundo o delegado Abimael Silva, que conduziu o inquérito, caso o laudo comprove insanidade mental, o processo de Francisco de Assis será separado e poderá resultar em medida de segurança, com internação em manicômio judiciário em vez de prisão. O magistrado responsável autorizou a inclusão de familiares e de Maria dos Aflitos, também acusada, nas oitivas da perícia.
A audiência de instrução e julgamento foi adiada para o dia 5 de setembro, quando está prevista a apresentação do laudo do IML. O resultado poderá influenciar apenas no cumprimento da pena, sem alterar as acusações já definidas pela investigação.
As apurações indicam que Francisco de Assis e Maria dos Aflitos utilizaram substância à base de terbufós, presente em agrotóxicos e no “chumbinho”, cuja venda é proibida. Os crimes ocorreram em três datas diferentes, entre agosto de 2024 e janeiro de 2025, e resultaram em oito mortes, incluindo crianças, além de três tentativas de homicídio.
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