A mãe de Emilly Yassmin Silva Oliveira, encontrada morta com o corpo carbonizado na zona Sul de Teresina no último sábado (6), relatou que não poderá ver o rosto da filha antes do sepultamento devido ao estado em que o corpo foi localizado. A jovem, de 24 anos, havia desaparecido no dia 30 de novembro e só foi encontrada uma semana depois, em uma área de mata na Estrada da Alegria.

A família aguarda a liberação oficial para realizar o enterro, que ocorrerá em Petrolina, cidade onde a mãe da vítima vive. Em meio ao momento de luto, a mãe pediu que a memória da filha seja preservada e criticou publicações ofensivas feitas nas redes sociais após a morte de Emilly, que trabalhava como garota de programa. Ela reforçou que a filha nunca escondeu sua profissão e destacou o sofrimento causado pelos comentários.

Dois homens foram presos sob suspeita de participação no crime. Segundo a Polícia Civil, um dos detidos confessou que houve uma discussão entre ele e a vítima por causa do pagamento de um programa. Após o desentendimento, ele afirmou ter estrangulado a jovem antes de abandonar o corpo em outra área da cidade. A investigação está com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O caso será tratado como feminicídio motivado por misoginia. De acordo com a Delegacia do Feminicídio, a análise dos depoimentos e das circunstâncias indica violência baseada no gênero. A Polícia Civil segue apurando detalhes da dinâmica do crime e a participação de cada suspeito.