O Ministério Público Estadual do Piauí solicitou a soltura de Lucélia Maria da Conceição, de 52 anos, que foi presa sob acusação de ter envenenado cajus e entregado às crianças João Miguel da Silva, de 7 anos, e Ulisses Gabriel, de 8 anos, que morreram envenenadas em Parnaíba no ano passado. A decisão foi tomada após o Instituto de Criminalística do Piauí concluir a perícia nos cajus e o laudo constatar que as frutas não estavam envenenadas.
O delegado-geral da Polícia Civil, Lucy Keyko, confirmou que o laudo final do Instituto de Criminalística, divulgado na última quinta-feira (09), revelou que os cajus não continham veneno. Com essa nova informação, não se sabe com qual alimento as crianças teriam sido envenenadas. A vizinha Lucélia Maria poderá ser solta ainda nesta semana.
O Instituto de Criminalística realizou inicialmente exames nos corpos dos dois irmãos, os quais apontaram a presença de terbufós, um veneno usado como pesticida. Faltava o exame nos cajus, que só foi concluído cinco meses após a morte dos garotos.
Os irmãos foram envenenados em agosto do ano passado e, no dia 1º de janeiro, a mãe das crianças (Francisca Maria da Silva, de 32 anos), dois irmãos e um tio foram mortos envenenados pela mesma substância, o terbufós. Outras quatro pessoas foram encaminhadas ao hospital com sintomas de intoxicação.
O principal suspeito dos envenenamentos é Francisco de Assis Pereira Costa, de 53 anos, que foi preso temporariamente na última quarta-feira (08).
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