Na manhã deste domingo (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que não buscará a reeleição para a Casa Branca. A decisão veio após semanas de crescente pressão devido a gafes em discursos e debates, que levantaram preocupações sobre sua capacidade mental e física de governar por mais quatro anos. Com a desistência do presidente dos EUA, Joe Biden, à corrida presidencial, a vice-presidente Kamala Harris é uma das favoritas para assumir a candidatura democrata e disputar a eleição contra Donald Trump.
Aos 81 anos, Biden já havia sido alvo de críticas por sua saúde, especialmente durante a campanha presidencial, onde Donald Trump destacou esse ponto. Em entrevistas recentes, Biden admitiu que se submete a testes diários e avaliações neurológicas, afirmando que seguiria as recomendações médicas rigorosamente.
Em seu anúncio, Biden ressaltou as conquistas de seu governo, como a aprovação da primeira lei de segurança de armas em 30 anos, a nomeação da primeira mulher afro-americana para a Suprema Corte e a implementação de uma legislação climática significativa. Ele também destacou os esforços para superar a pandemia e revitalizar as alianças globais dos Estados Unidos.
"Sei que nada disso poderia ter sido feito sem vocês, povo americano", disse Biden. "Juntos, superamos uma pandemia que ocorre uma vez num século e a pior crise econômica desde a Grande Depressão. Protegemos e preservamos a nossa democracia. E revitalizamos e fortalecemos nossas alianças em todo o mundo."
Biden expressou sua gratidão ao povo americano e à vice-presidente Kamala Harris, destacando a importância de trabalhar juntos para o bem do país.
A decisão de Biden foi influenciada por sua baixa performance em um debate presidencial recente contra Donald Trump, transmitido pela CNN. No debate, Biden teve dificuldades em rebater as críticas de Trump, parecendo perder o raciocínio em alguns momentos. A performance levou a uma pesquisa que revelou que 72% dos eleitores norte-americanos preferiam que Biden desistisse da candidatura, incluindo 46% dos democratas.
Falando sobre o debate, Biden admitiu que "teve uma noite ruim" e "cometeu um erro". Ele inicialmente afirmou que venceria Trump novamente em 2020, corrigindo-se posteriormente para 2024, o que aumentou as preocupações sobre sua aptidão para a presidência.
Biden planeja falar à Nação ainda esta semana para dar mais detalhes sobre sua decisão e o futuro da liderança do Partido Democrata nas próximas eleições.
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