Senador defende taxação da carne: "pobres comem carne e os ricos comem muito mais" - Política
Sábado, 07 de setembro de 2024, 20:17
TAXAÇÃO SOBRE A CARNE

Senador defende taxação da carne: "pobres comem carne e os ricos comem muito mais"

Marcelo Castro defendeu que todos devem pagar o imposto, com a devolução para os mais pobres registrados no CadÚnico.

Em entrevista nesta quinta-feira (25), o senador Marcelo Castro (MDB) abordou a polêmica sobre a taxação da carne vermelha, um dos pontos controversos na regulamentação da reforma tributária. Marcelo Castro expressou apoio à posição do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), enfatizando que a questão é complexa e afeta todas as faixas de renda.

  

Marcelo Castro, Senador pelo MDB. Foto: Reprodução

   

Segundo o senador piauiense, a remoção do imposto sobre a carne vermelha poderia beneficiar desproporcionalmente os mais ricos, que consomem mais carne. "É uma questão complexa, porque os pobres comem carne e os ricos comem muito mais. Na hora que você tira o imposto, está tirando de toda a sociedade para beneficiar aqueles que podem muito mais. Então, a minha posição é a mesma do ministro Haddad", afirmou.

Os principais pontos do texto aprovado pela Câmara incluem a definição dos alimentos da cesta básica, que terá alíquota zero, e o "cashback", que prevê a devolução de parte do imposto pago em produtos e serviços para famílias de baixa renda registradas no CadÚnico.

Marcelo Castro defendeu que todos devem pagar o imposto, com a devolução para os mais pobres registrados no CadÚnico. "O mais racional seria todo mundo pagar o imposto e aqueles que fossem mais pobres, que estão no CadÚnico, receberem uma devolução. Não é justo que quem é mais rico tenha um incentivo para comprar carne, eu entendo que não", disse o senador.

O projeto (PLP 68/2024), que inclui a carne vermelha entre os itens da cesta básica com alíquota zero do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), foi aprovado na Câmara em 10 de julho com 336 votos a favor e 142 contrários. O texto agora aguarda apreciação e votação no Senado.

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