Sempre que se discute o Empreendedorismo vem à baila uma das características cruciais para que se defina o empreendimento: A inovação. Empreender é, de acordo com o site do SEBRAE, o melhoramento da qualidade de vida das pessoas, impulsionando o crescimento econômico e contribuindo na transformação social. Em suma, empreender é antes de tudo, tentar fazer com que as pessoas que usufruam da introdução desse novo produto ou serviço no mercado possam ser agraciadas com algo de positivo, que realmente consiga mudar suas vidas para melhor e atenue um problema estrutural que venha atingindo esse determinado grupo.
Qualidade de vida, inovação, crescimento, positividade são termos que nos perseguem e nos fazem sair em busca de algo que possa realmente mitigar efeitos perniciosos daquilo que cria ou agrava nosso quadro econômico, político, financeiro ou até particularmente emocional.
Foi justamente em busca desse ‘novo’ que ingressei recentemente num período sabático. Conversei com quem já havia conversado. Refiz caminhos diferentes para lugares que eu já conheço com a palma de minha mão. Busquei novidades dentro daquilo que achava ser velho, que acreditava haver exaurido todas as possibilidades que denotasse o mínimo possível de incipiência.
Paradoxalmente, dentro desse movimento de perscrutação que iniciei revirando meus alfarrábios e jogando conversa fora foi que cheguei a Santo Antônio dos Lopes. Soube que devemos regar a Figueira Infrutífera antes de sentenciá-la a morte e encontrei o Elixir da Longa Vida. Uma tríade que me surgiu com bastante regozijo, me ensinando um pouco mais a conduzir a vida à semelhança dos que empreendem em prol de muitos.
Em quase meio século de vida somente recentemente em conversas com primos e tios descobri empertigado que meus ancestrais fundaram uma cidade no vizinho Estado do Maranhão, denominada Santo Antônio dos Lopes. Criada no ano de 1922 o município foi fruto da incursão do irmão de meu avô, em busca de solo fértil e terras novas, livre da seca que assolava seu torrão natal.
Singrando pelo mesmo mar de descobertas tive também o prazer de, no fundo de um baú encouraçado e empoeirado, incrustrado no cômodo menos visitado na casa de minha falecida mãe deparar-me com dois livros: Um deles, de cunho religioso, estava com marcação na página 132 (Jesus – A Vida Completa, Juanribe Pagliarin, 1955) enfatizava a Parábola da Figueira Infrutífera. Nela um Agricultor prestes a cortá-la indaga ao Fazendeiro se deveria fazê-lo, ao passo que é advertido: “deixe-a este ano ainda, e se no futuro der fruto, bem; se não cortá-la-ás”.
Por derradeiro achei o Elixir da Longa Vida (The Pigeon Project, Irving Wallace,Ed.Record -2 Ed). Mais um livro. Trata-se da história de uma nova descoberta de um cientista americano que encontrara a fórmula para prolongar a vida humana em até 150 anos. Foi a partir da descoberta que sua vida virou pelo avesso, até redundar em sua morte e a destruição do segredo da fórmula, frente as perseguições do Governo Russo, que acreditava ser o dono da nova descoberta e a queria para uso restrito em seu país, enquanto o cientista desejava usá-la para o bem comum, com o propósito de melhorar a qualidade de vida de toda população mundial.
O âmago do empreender é sem dúvida encontrar soluções coletivas. Buscar a lucratividade, mas tendo em mente que o bem comum está acima de interesses eminentemente particulares. Tome decisões que o levem a ter esse espirito empreendedor. Se a terra não estiver fértil procure novos ares, se o jardim não estiver florescendo observe a irrigação, descubra coisas novas, faça o bem que sua vida vai se prolongar com qualidade. Assegure-se que seu empreendimento será promissor e não virará sua vida ao avesso. Eis a fórmula.
MAURICIO LOPES - Administrador
Especialista em Gestão Empresarial