A defesa de Maria dos Aflitos da Silva, acusada de participação em envenenamentos em Parnaíba, alegou que a ré não teve envolvimento nas mortes ocorridas em agosto de 2024 e janeiro deste ano. O advogado Márcio Mourão afirmou que Maria dos Aflitos teria cometido apenas o assassinato da vizinha Maria Jocilene, em fevereiro, motivada por vingança após descobrir uma relação entre a vítima e seu companheiro, Francisco de Assis.
Segundo o advogado, a matriarca agiu movida por emoção intensa, usando o veneno terbufós contra Jocilene. Nos demais casos, envolvendo familiares de Maria dos Aflitos, a defesa sustenta que ela pode ter agido mais por omissão do que por participação ativa. A defesa também ressaltou que a presença mínima de terbufós no organismo de outras pessoas não comprova culpa de Francisco de Assis.
Mourão explicou que Maria dos Aflitos inicialmente desconfiou de outra vizinha, Lucélia Maria da Conceição, após a morte de seus netos envenenados em agosto, mas depois passou a suspeitar de Francisco de Assis. A confissão de Jocilene sobre o conhecimento do autor e do local de armazenamento do veneno teria motivado a ação de vingança da ré.
A defesa não pretende pedir a revogação da prisão de Maria dos Aflitos, mas irá contestar a participação dela nos envenenamentos anteriores, reforçando que sua responsabilidade se limita ao crime contra Jocilene. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil de Parnaíba.