O Ministério Público do Piauí (MPPI) entrou com recurso, nesta quarta-feira (17), contra a decisão que concedeu liberdade provisória a Narciso Gomes Celestino, acusado de ser o mandante do assassinato da advogada Valdenice Gomes Celestino Soares. O crime ocorreu em 3 de março de 2025, na zona rural do município de Paulistana, e é investigado como feminicídio.
Segundo a Polícia Civil, Valdenice foi morta com oito tiros. O processo envolve outros dois integrantes da família: Adelaido Gomes Celestino, irmão da vítima, apontado como autor dos disparos e que segue foragido, e Gabriel da Silva Celestino, sobrinho da advogada, acusado de ajudar na fuga do atirador e que responde em liberdade.
De acordo com o MP, o crime teve como motivação disputas familiares relacionadas à divisão de terras. A acusação afirma que Narciso teve papel direto na articulação do homicídio e que teria influenciado os demais envolvidos na execução do plano.
No recurso, a promotoria sustenta que a liberdade do acusado pode colocar em risco a ordem pública e interferir no andamento do processo. O órgão também cita descumprimento de medidas protetivas anteriores, além de relatos de intimidação de testemunhas. O MP reforça que o caso tramita em uma cidade pequena, o que pode aumentar a pressão sobre pessoas que participam do julgamento.