Em primeira entrevista após a tentativa de assassinato, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que o ataque foi uma "experiência surreal" e afirmou que deve fazer um discurso "bem diferente" do que havia planejado para a Convenção Nacional Republicana que deve oficializá-lo como candidato do partido à Casa Branca.
"É uma experiência muito surreal, e você nunca sabe o que vai fazer até que uma coisa dessas aconteça", disse Trump. "Eu não deveria estar aqui, era para eu estar morto", acrescentou, em conversa com o The Washington Examiner e New York Post.
Segundo Trump, o discurso foi modificado para se tornar mais "unificador". "Quero tentar unir nosso país, mas não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas. Esta é uma chance de unir o país inteiro, até mesmo o mundo inteiro. O discurso será muito diferente, muito diferente do que teria sido dois dias atrás", afirmou.
Ao chegar a Milwaukee, Trump saiu do avião com o punho erguido, repetindo sua reação imortalizada logo após o ataque de sábado, 13. O autor do atentado, morto pelos Serviços Secretos, foi identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, mas suas motivações ainda não estão claras.
Enquanto isso, o presidente Joe Biden, adversário de Trump nas eleições de novembro, fez um novo apelo contra a violência política e disse que o ataque ao republicano "impõe a todos um passo atrás".
"Não somos inimigos, somos todos americanos", disse o democrata, pedindo para todos "abaixarem o tom". "A política não pode ser um campo de batalha."