A morte da menina Alice Brasil Souza da Paz, de apenas quatro anos, dentro da brinquedoteca do Colégio CEV, em Teresina, ganhou destaque nacional neste domingo (17), ao ser exibida no Fantástico. O caso, que já vinha sendo acompanhado durante a semana pelo jornalismo local e por portais de grande repercussão, como UOL, Metrópoles e SBT News, expôs falhas de segurança em ambientes escolares e gerou uma série de questionamentos sobre prevenção de acidentes envolvendo crianças pequenas.
Alice morreu no dia 5 de agosto, quando, segundo relatos, uma penteadeira infantil tombou sobre ela durante o recreio. A versão divulgada pela escola aponta que outra criança teria passado por baixo do móvel, provocando a queda no momento em que Alice estava no chão. Um laudo posterior confirmou traumatismo cranioencefálico como causa da morte. O Samu foi acionado, mas a equipe constatou que a criança já estava sem vida quando recebeu o primeiro atendimento.
O velório e o sepultamento da menina aconteceram no dia seguinte, em meio à comoção de familiares, amigos e colegas. O caso logo passou a ser investigado pela Polícia Civil do Piauí, enquanto o Ministério Público instaurou procedimentos para apurar os protocolos de segurança adotados pelas escolas. A penteadeira foi recolhida e passou por perícia oficial, a fim de esclarecer as circunstâncias do acidente.
Em nota pública, a direção do Colégio CEV relatou que havia cinco crianças na brinquedoteca, acompanhadas por duas professoras e uma colaboradora que estava na porta. A instituição afirmou que, ao perceber a gravidade, uma professora retirou o móvel de cima da criança, outra conduziu Alice até a enfermaria e a coordenação acionou o Samu, que orientou a levá-la até um ponto de encontro para ser interceptada pela ambulância. A escola pediu perdão à família e disse colaborar integralmente com as investigações.
Os pais de Alice, Cláudio Sousa e Dayana Brasil, afirmaram em entrevistas que receberam informações divergentes sobre o acidente logo após o ocorrido e pediram transparência. Eles destacaram ainda o impacto da tragédia sobre o irmão gêmeo da menina, que presenciou toda a cena, e afirmaram esperar justiça para evitar que outras famílias passem por situação semelhante.