Circulam na web vídeos gravados por integrantes de uma facção criminosa antes e depois da execução das duas irmãs que haviam desaparecido na zona Norte de Teresina. O registro mostra os indivíduos comemorando o assassinato das mulheres, ambas encontradas em covas rasas no residencial Edgar Gayoso.
Nas imagens, é possível ver uma das vítimas em uma possível sessão de tortura. Ela estaria sendo obrigada a fazer sinais de uma facção criminosa rival a dos seus algozes. Em seguida é possível ver os corpos encontrados pelas autoridades ao lado de emojis de festividade.
Em determinado momento do vídeo, os criminosos são vistos exibindo armas de fogo e soltando fogos de artifício. Alguns do indivíduos cobrem os rostos com capuzes, porém outros não têm tanta medo de expor a identidade para a câmera. Eles são vistos fazendo sinais associados a uma organização criminosa.
Em entrevista à imprensa, o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Baretta, condenou a brutalidade do homicídio destacou a necessidade de punição severa aos autores do crime.
“Tribunal é o de justiça. Tribunal de crime é cadeia. Bandidos que cometem um crime dessa natureza, na frente de crianças, não merecem compaixão, mas sim prisão pelo resto da vida”, disse o coordenador.
Acredita-se que o envolvimento amoroso das vítimas com membros de uma facção rival tenha sido o motivo dos assassinatos. De acordo com Baretta, contudo, a motivação do crime ainda segue sendo investigada.
“Estamos investigando se esse envolvimento foi o motivo do crime. Essas informações estão sendo formalizadas no inquérito policial”, destacou.
O Instituto Médico Legal (IML) confirmou que os corpos são das irmãs identificadas como Joicinéia Dias da Silva e Francinete Pereira da Silva Neta. Eles foram vistas pela última vez no dia 13 de novembro entrando em um carro com duas crianças. Uma das menores foi deixada na casa de um parente enquanto outra foi abandonada em uma UBS.
O DHPP segue investigando o caso e em busca dos suspeitos.