O Tribunal de Justiça do Maranhão aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou Bruno Manoel Gomes Arcanjo réu pelo homicídio do policial Marcelo Soares da Costa, ocorrido durante uma operação do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO-PI) em Santa Luzia do Paruá, no dia 3 de setembro. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (23) pela juíza Leoneide Delfina Barros Amorim.
Bruno Arcanjo responde por homicídio qualificado, utilizando uma arma de fogo de uso restrito ou proibido contra um agente de autoridade. Em seu depoimento à Polícia Civil, o empresário admitiu ter disparado contra os policiais que cumpriam um mandado de prisão em sua residência, mas alegou não saber que se tratavam de agentes.
Segundo Arcanjo, ele estava dormindo quando sua esposa o alertou sobre a presença de intrusos. Ao pegar uma arma calibre 9mm que possuía, ele abriu a porta do quarto e disparou na direção da cozinha, acreditando ter feito apenas dois disparos. Contudo, não conseguiu determinar a quantidade exata de tiros ou as direções em que atirou.
Após os disparos, ele se escondeu no quarto até ouvir a voz do policial Egídio, que o informou que se tratava de uma operação policial. Nesse momento, Arcanjo retirou o carregador da arma e se entregou, enquanto sua esposa foi a primeira a sair do quarto, seguida por ele, que se deitou no chão e foi algemado.
O empresário declarou não entender o motivo do mandado de prisão e da busca e apreensão em sua casa. Ele também confirmou que a arma utilizada estava registrada em seu nome há três anos, embora não possua o registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC).