Estudante preso por atropelamento em Teresina desafiava amigos para rachas ilegais

João Henrique, que atropelou e matou Laurielle da Silva, trocava mensagens convidando amigos para rachas, chegando a afirmar que alcançava 190 km/h.

João Henrique Soares Leite Bonfim, preso neste domingo (1º) pelo atropelamento que vitimou uma mulher e deixou um homem ferido na Zona Leste de Teresina, trocava mensagens com amigos em um aplicativo de conversa, convidando-os para rachas e corridas ilegais.

  
Grave acidente na zona Leste de Teresina Foto: reprodução
 
 
 

O Central Piauí obteve acesso a mensagens em que o estudante de direito de 22 anos de idade chama amigos para corridas de rua, utilizando expressões como “Cadê alguém para pisar?”. O termo “pisar” se refere à prática de rachas. “Pois vamos pisar daqui para Altos”, desafiou ele aos amigos.

  
Mensagens de João Henrique. Reprodução
 
 
 

Em outra mensagem, o jovem ainda afirmou que poderia atingir até 190 km/h, destacando esse como seu limite. Atualmente, a legislação de trânsito prevê pena de até três anos para quem participar de rachas ilegais.

  
Mensagens de João Henrique em aplicativo de conversas revelam organização de corridas clandestinas. Reprodução
 
 
 

ENTENDA O CASO
João Henrique, estudante de direito em uma universidade particular de Teresina, foi preso após atropelar um casal que estava em uma motocicleta na Zona Leste da cidade. Em 2022, ele já havia sido condenado por outro atropelamento envolvendo um motociclista.

Foi constatado que João Henrique estava embriagado no momento do atropelamento. Além disso, sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) estava vencida.

  
Francisco Felipe Oliveira Duarte e Laurielle da Silva Oliveira Foto: reprodução
 
 
 

Laurielle da Silva Oliveira estava na garupa da motocicleta pilotada por seu marido, Francisco Felipe Oliveira Duarte. Laurielle não resistiu aos ferimentos e faleceu. Francisco ficou gravemente ferido e foi levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT).