O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) confirmou, nesta quarta-feira (28), a morte encefálica de João Miguel Silva, de 7 anos, vítima de envenenamento em Parnaíba. O protocolo foi encerrado, e a família foi informada do óbito. Seu irmão, Ulisses Gabriel Silva, de 8 anos, permanece internado em estado grave na UTI Pediátrica.
As crianças foram transferidas para Teresina após apresentarem sintomas de envenenamento ao consumirem cajus supostamente oferecidos por uma vizinha, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos. A suspeita foi presa preventivamente após audiência de custódia, mas negou envolvimento no caso.
O Caso:
O caso ocorreu na sexta-feira (23), quando as crianças começaram a passar mal após ingerirem as frutas. Lucélia, acusada de envolvimento, foi detida, mas alegou que o veneno encontrado em sua casa era destinado ao extermínio de ratos e baratas, e não para envenenar pessoas. Durante a busca, a polícia encontrou estricnina, um veneno altamente tóxico, na residência da suspeita.
O caso gerou revolta na comunidade, resultando no incêndio da casa da suspeita por populares indignados. Em audiência, o juiz Marcos Antonio Moura Mendes decretou a prisão preventiva de Lucélia, considerando evidências como a presença do veneno e relatos de agressões anteriores a crianças.
Lucélia negou as acusações, alegando que o veneno pertencia ao seu irmão, que teria pensado em cometer suicídio, mas desistiu. Ela também sugeriu que as acusações seriam fruto de vingança pessoal por parte da mãe das crianças.