PM-PI promove investigado em operação da Polícia Federal no aniversário da corporação

Ronald Moura, ex-auxiliar da Rejane Dias, está sob investigação no âmbito da operação TOPIQUE.

Nesta terça-feira (25), a Polícia Militar do Piauí realizou uma solenidade cívico-militar no pátio externo do Quartel do Comando-Geral (QCG) em comemoração aos 189 anos da PM-PI. Durante o evento, mais de 500 policiais foram promovidos, incluindo um nome que gerou controvérsias: Ronald Moura. Lista completa.

Ronald Moura, ex-auxiliar da Rejane Dias, está sob investigação no âmbito da operação TOPIQUE, acusado de participação em um esquema ilícito. Ele foi promovido ao posto de Coronel da PMPI pelo governador Rafael Fonteles, mesmo enfrentando graves acusações.

Na época em que era diretor da Unidade Administrativa (UNAD) e presidente da Comissão de Fiscalização do Transporte Escolar na SEDUC, Ronald é acusado de ter participado de ações que beneficiaram empresas de transporte ligadas a Luiz Carlos. Segundo as investigações, ele teria manipulado processos licitatórios, como o pregão presencial nº 01/2015, restringindo a concorrência de forma irregular para favorecer empresas específicas.

As investigações revelaram que Ronald teria recebido pelo menos R$ 100 mil em repasses, utilizados para quitar parte dos custos de imóveis, incluindo uma mansão no litoral piauiense. Documentos apreendidos pela Polícia Federal indicam seu nome em registros de distribuição de dinheiro do esquema, além de depósitos em contas bancárias.

Para os promotores do caso, os pagamentos recebidos por Ronald tinham a função de lavagem de dinheiro, além de serem uma recompensa pelo seu papel no esquema de transporte investigado.

De acordo com os autos do processo, em junho de 2016, Ronald recebeu R$ 50.000,00 em espécie de Luiz Carlos Magno Silva, referentes a uma parcela de um imóvel adquirido em Luís Correia. Em agosto do mesmo ano, recebeu mais R$ 50.000,00, dessa vez de Luiz Carlos e Carlos Augusto Ribeiro de Alexandrino Filho, para o pagamento de outra parcela da mesma propriedade.

Enquanto a Polícia Federal e o Ministério Público Federal o investigam por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sua promoção na PMPI levanta questionamentos sobre os critérios adotados pelo Comando da PM e pelo Governo do Estado.