Chico Lucas critica proposta que equipara facções criminosas a terrorismo

Secretário de Segurança diz que medida não resolve a violência e cita politização no debate.

O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, afirmou que equiparar facções criminosas a grupos terroristas seria a “alternativa mais inviável” no combate à violência no Brasil. A declaração foi dada nesta sexta-feira (14), durante entrevista ao em meio ao avanço das discussões sobre o PL Antifacção na Câmara dos Deputados. O tema voltou ao centro do debate nacional após operações policiais no Rio de Janeiro e no Piauí.

Na Câmara, o Partido Liberal pressiona pela votação da proposta que inclui organizações criminosas na legislação que trata do terrorismo. O texto está sob a relatoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SC). Chico Lucas afirmou que o debate foi politizado e criticou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ao dizer que o tema exige coerência e não pode ser usado como plataforma eleitoral.

  
Chico Lucas diz que mulheres ligadas a facções serão alvos do Pacto pela Ordem. Ascom/SSP
 
 
 

O secretário também citou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que busca integrar as forças estaduais e federais. Segundo ele, ainda não há consenso entre os governadores sobre o texto, mas a medida é considerada importante por consolidar o Fundo de Segurança e reforçar o enfrentamento ao crime organizado.

Chico Lucas disse ainda que, caso o PL Antifacção avance, os estados terão novas ferramentas legais para agir contra grupos que controlam territórios. Ele destacou que, no Piauí, as forças de segurança conseguem manter o controle sobre essas organizações, mas defendeu que o país precisa de medidas equilibradas e que evitem distorções jurídicas.