O cantor Gusttavo Lima anunciou nesta quarta-feira (19) que não vai mais disputar a Presidência da República em 2026. O anúncio veio dois meses após o sertanejo surpreender o país com a notícia de que concorreria ao cargo máximo do Executivo na eleição do ano que vem.

Em entrevista ao Metrópoles, o artista disse que, ao invés de disputar um cargo público, vai fundar o Instituto Gusttavo Lima para realizar ações sociais.

“Tenho 35 anos. Nada impede que na outra eleição eu seja candidato”, disse o músico.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Lima ressaltou que pretende focar em outros pontos de sua vida pessoal e profissional. “Quero ressaltar que não sou candidato a nenhum cargo político. Em 2026, não sou candidato, nem mesmo sou filiado a qualquer partido (...). Esse não foi nem será meu objetivo. Quero continuar minha carreira artística e o empreendedorismo”, afirmou.

Cantor é citado em investigação sobre tráfico internacional

O sertanejo foi citado em um inquérito da Polícia Federal que investiga um esquema de tráfico internacional de drogas operado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), um dos maiores grupos criminosos do país. O cantor é apontado como integrante do núcleo financeiro do esquema. No entanto, ele não é formalmente investigado pela PF.

De acordo com a PF, o esquema de tráfico funcionaria a partir do Porto de Paranaguá (PR), de onde os entorpecentes seriam enviados à Europa. No inquérito, Lima é citado por conta da venda de um avião para sua empresa, a Balada Eventos.

Em nota, a assessoria do cantor nega qualquer irregularidade. Leia, abaixo, a íntegra da nota.

“A Balada Eventos, empresa que administra a carreira artística do cantor Gusttavo Lima, esclarece que adquiriu uma aeronave da empresa JBT Empreendimentos e Participações EIRELI, por meio de seus representantes legais (família Golin), em junho de 2022. Essa foi a única negociação realizada entre a Balada Eventos e a empresa JBT. A operação ocorreu de forma legal, com contrato de compra e venda formal, devidamente registrado na ANAC.

“Não conhecemos a pessoa de Willian Barile Agati. Essa informação deve ser requisitada à família Golin.

“Sobre o questionamento de numerosas empresas registradas no mesmo endereço, esclarecemos que se trata de um prédio comercial, com várias salas comerciais. Cada empresa ocupa uma sala. É totalmente inverídica a informação de que há sete empresas no mesmo endereço”.