Dom Inocêncio López Santamaria, um bispo que deixou um legado marcante no Piauí, pode se tornar o primeiro santo natural do estado. Com mais de 500 cartas catalogadas, esses documentos agora estão sob análise do Vaticano como parte do processo de beatificação. Durante seus 27 anos em São Raimundo Nonato, Dom Inocêncio enfrentou desafios como a fome, a seca e o analfabetismo, ganhando reconhecimento como um dos maiores missionários do Brasil.
A investigação diocesana, que durou sete anos, reuniu mais de 7 mil páginas de documentos comprovatórios sobre a vida e as obras do bispo. Agora, o processo avança para a fase romana, onde será examinado pelo Dicastério para a Causa do Santo. Entre os testemunhos, há relatos de possíveis milagres, como o de um bebê que se recuperou de um coma após as orações dirigidas a Dom Inocêncio.
Além de sua atuação religiosa, Dom Inocêncio também deixou um impacto social significativo, construindo escolas, estradas e auxiliando os mais necessitados. Sua generosidade era tão notável que ele distribuía dinheiro aos pobres de forma discreta, colocando envelopes com dinheiro debaixo das portas das famílias necessitadas.
O processo de beatificação e canonização foi iniciado pela Ordem Mercedária, congregação à qual Dom Inocêncio pertencia, e envolveu a coleta de documentos ao longo de vários anos, tanto no Brasil quanto na Espanha. Com sua vida e obra meticulosamente documentadas, Dom Inocêncio agora aguarda o veredicto do Vaticano para potencialmente se tornar um exemplo de santidade para os fiéis católicos.
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