Rumble deixa o Brasil em protesto contra censura judicial e pressão governamental - Mundo
Sábado, 23 de novembro de 2024, 20:10
CENSURA

Rumble deixa o Brasil em protesto contra censura judicial e pressão governamental

Concorrente do YouTube toma decisão após ordens judiciais e pressão do governo; acesso temporariamente indisponível, mas empresa desafia as exigências

O concorrente do YouTube, Rumble, anunciou sua saída do Brasil como protesto contra a crescente onda de censura imposta a seus usuários por meio de ordens judiciais e da pressão do governo Lula. O presidente do Rumble, Chris Pavlovski, fez o anúncio no dia 22 de dezembro.

  
Concorrente do Youtube, Rumble desativa serviços no Brasil Foto: reprodução
 

Dois dias antes do anúncio, a plataforma parcialmente retirou o canal Terça Livre do ar, cumprindo uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O canal Terça Livre é mantido pelo jornalista exilado Allan dos Santos.

No comunicado, Pavlovski não menciona a ordem de Moraes nem faz referência a um usuário específico. Ao acessar o site, os usuários encontram a mensagem: "Devido às exigências do governo brasileiro para remover criadores de nossa plataforma, o Rumble está atualmente indisponível no Brasil. Estamos desafiando estas exigências do governo e esperamos restaurar o acesso em breve."

Chris Pavlovski, via rede social, declarou que não será intimidado "pelas exigências estrangeiras para censurar criadores do Rumble". Ele expressou decepção com o Judiciário brasileiro, assegurando que a medida não afetará negativamente a empresa financeiramente.

Apesar da indisponibilidade do Rumble no Brasil, o serviço pode ser acessado através de uma Rede Privada Virtual (VPN).

Pavlovski informou, por meio de nota, que optou por desabilitar o acesso ao Rumble temporariamente enquanto contesta as decisões judiciais. Na nota, destaca o compromisso da empresa com a manutenção de uma internet livre e aberta, enfatizando a liberdade dos usuários com opiniões impopulares. A empresa espera que os tribunais brasileiros reconsiderem suas decisões para restaurar o serviço em breve.

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