Na manhã desta quinta-feira (13), foi realizada uma audiência pública para discutir a cobrança da tarifa de esgoto da empresa Águas de Teresina. A discussão contou com a presença e participação de líderes de bairros e moradores de comunidades afetadas pela taxa imposta pela empresa.
“A Águas de Teresina não pode continuar aplicando esses valores. Vou dar um exemplo: uma pessoa que recebe apenas o Bolsa Família teve um talão de água com aumento de 300%. Como é que alguém que ganha R$ 400 recebe uma conta de R$ 800? Claramente, essa família não tem condição de pagar”, disse o vereador João Pereira (PT) durante a audiência.
Enzo Samuel (PDT), presidente da Câmara, também se posicionou contrário à cobrança da taxa, mas apoiou a ampliação do serviço de saneamento público na capital.
“A Águas de Teresina tem que prestar um serviço de qualidade. Ela precisa rever também essas taxas que são abusivas. O povo de Teresina vai ficar endividado, principalmente em relação aos seus débitos com a Águas de Teresina”, protestou.
A audiência recolheu reclamações e sugestões dos parlamentares e populares. Um relatório então será enviado aos representantes da Águas de Teresina com ideias para a resolução de problemas.
O QUE DISSE A PRESIDENTE DA EMPRESA
A presidente da Águas de Teresina, Carolina Serafim, afirmou que a cobrança de taxas feita pela empresa não é ilegal e que estudos são feitos para a elaboração da estrutura tarifária.
“Esse estudo leva em consideração o que precisa ser feito e em quanto tempo, tudo isso é analisado. Não há cobrança ilegal, existe previsão no contrato, isso não é estabelecido pela Águas de Teresina, de como é a estrutura da tarifa. O que são categorias, as faixas de consumo e valores inerentes ao esgoto e água. Tudo está previsto nesse contrato de longo prazo, regulado pela agência reguladora”, explicou Carolina.
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