O empresário Danilo Coelho de Sousa, alvo da Operação Carbono Oculto 86, se apresentou nesta quinta-feira (6) na sede do Draco, acompanhado da esposa, Thayres Leite Moura Coelho. O grupo é investigado por um esquema de lavagem de dinheiro de R$ 5 bilhões ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O comparecimento ocorre após o casal não ter sido localizado durante a deflagração da operação na quarta-feira (5).
Mais cedo, Haran Santhiago Girão Sampaio e sua esposa, Thamyres Leite Moura Sampaio, irmã gêmea de Thayres, também se apresentaram ao Draco com um advogado. As medidas cautelares impostas pela Justiça incluem a entrega imediata dos passaportes e a proibição de deixar Teresina. Ambos são suspeitos de operar a rede de combustíveis HD, negociada com o PCC para lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis.

Segundo a investigação, o PCC planejava instalar um centro de distribuição de combustíveis adulterados em Altos (PI) para abastecer outros estados. O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, afirmou que o grupo aproveitava a posição estratégica do estado para expandir operações criminosas. A organização utilizava empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para lavar dinheiro e ocultar patrimônio.
Durante a operação, foram apreendidos bens de luxo, como um avião e uma Porsche avaliada em mais de R$ 550 mil, além do sequestro de contas bancárias até o limite de R$ 348,7 milhões. Foram interditados 49 postos de combustíveis em cidades do Piauí, Maranhão e Tocantins. A ação reforça o combate do Estado a esquemas de lavagem de dinheiro e fraudes no mercado de combustíveis.

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