O juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, negou o pedido de prisão temporária feito pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pelo Ministério Público do Piauí contra seis empresários investigados na Operação Carbono Oculto. Eles são apontados como integrantes do núcleo financeiro de um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Na decisão, o magistrado reconheceu que há indícios consistentes das práticas atribuídas aos investigados, mas entendeu que a prisão não é necessária neste momento. O juiz determinou medidas cautelares, como o comparecimento obrigatório quando intimados, proibição de deixar a comarca sem autorização judicial e de manter contato entre si.

Também foram autorizadas buscas domiciliares, extração de dados de celulares e computadores, além do compartilhamento de provas com outros processos. As medidas atingem os empresários Haran Santhiago Girão Sampaio, Danillo Coelho de Sousa, Moisés Eduardo Soares Pereira, Salatiel Soido de Araújo, Denis Alexandre Jotesso Villani e João Revoredo Mendes Cabral Filho.
A Operação Carbono Oculto apura um esquema de lavagem de dinheiro que teria sido usado para inserir recursos do PCC na economia do Nordeste. A investigação se concentra na venda da Rede HD para a empresa Pima Energia, criada dias antes da transação, supostamente utilizada para disfarçar movimentações financeiras ilícitas no setor de combustíveis.

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